O Mundo Gira, A Lusitana Roda…

2012/09/23

BILL MURRAY É UMA BONECA

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:16

“Este é o meu cartão de agradecimento a Bill Murray”.
É assim que a designer e ilustradora brasileira Niege Borges define seu projeto, o “Bill wearing socks” (“Bill vestindo meias”), que foi tema em diversos blogs e sites durante as últimas semanas.
O trabalho merece destaque porque realmente é uma graça.
Niege criou cartelas com vários bonequinhos de papel do ator que trocam de roupa conforme os personagens de sua extensa filmografia. “Como não sou muito boa com as palavras, decidi fazer um ‘paper doll’ com os figurinos”, diz ela em seu site.
Os bonequinhos também ganharam uma versão pôster – que inclusive estão disponíveis para compra online. O menor custa 16 dólares e o maior, 49.
Em sua página Niege se define como “entusiasta de infográficos”, a “chefe misteriosa de três belas e perigosas mulheres que atendem por ‘As Panteras’” e diz que seus trabalhos “cobrem assuntos como as danças da TV e cinema, a rotina de pessoas da Turquia ao interior gaúcho e a vida de Danton Mello”.
Atualmente ela trabalha na “Box 1824”, uma agência de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.
Niege produziu também uma animação em “stop motion” que percorre praticamente toda a filmografia de seu ídolo.
No vídeo, com duração de quatro minutos, o bonequinho de Bill – vestido apenas com cueca e meias – vai trocando de figurino conforme o filme, assim como a trilha sonora de cada um deles. O vídeo começa no mais recente (“Moonrise Kingdom”, ainda sem previsão de estreia no Brasil) e chega ao mais antigo, “Os Rutles: All You Need Is Cash”, de 1978.
Numa entrevista ao site “The Creators Project”, Niege conta que sempre achou o figurino do Steve Zissou (um dos personagens do ator) muito legal. “Daí parei pra pensar nos outros personagens do Bill Murray e a maioria é bem interessante e tem roupas diferentes, o que não se encontra na filmografia de qualquer ator. Sem falar que os personagens dele são sempre muito bacanas. Então eu tive essa ideia de fazer uma animação com estes figurinos, uma homenagem ao Bill Murray, já que ele é um dos meus atores favoritos e tem toda essa variedade nos seus filmes”, diz ela.

Confiram o projeto AQUI

P.S.: A partir de hoje o blog passa a não ter mais atualizações diárias. Os posts poderão ser semanais, mensais ou anuais.

2012/09/22

DA SÉRIE “GRANDES MISTÉRIOS DO JORNALISMO”

Filed under: A real do mundo real — trezende2013 @ 10:43

O destaque que o Brasil tem recebido da imprensa internacional – especialmente da americana – ultrapassa o entendimento.
Nesta terça-feira o jornal “The New York Times” dedicou uma página inteira ao trabalho do artista plástico Bel Borba.
Bel não é exatamente um nome conhecido em todo o Brasil. Sua projeção restringe-se a Salvador, onde o artista trabalha com sucata, materiais descartados ou encontrados nas ruas, como telhas quebradas, pedaços de madeira, azulejos, metal enferrujado, garrafas pet. Por isso tem sido chamado de “Picasso do Povo”.
Pois Bel Borba está em Nova York há um mês participando de intervenções nas ruas da cidade. No sábado passado ele criou uma pintura de um lagarto e um astronauta no asfalto de Roosevelt Island e durante a semana fez um mosaico no bairro do Queens. Estão previstas intervenções em Red Hook, no Brooklyn; em Howard Beach e em outros bairros da cidade.
“Foi uma visão estranha para uma rua industrial de Ridgewood, no bairro do Queens, mas caminhoneiros, trabalhadores das fábricas e transeuntes se sentiram na obrigação de parar, olhar e fazer perguntas sobre o que acontecia com uma parede marrom de uma fábrica de móveis – era o artista brasileiro Bel Borba fazendo um grande mosaico de azulejo branco retratando um mundo cercado de objetos que pareciam um cruzamento entre girassóis e ventiladores mecânicos”, escreve o jornal.
“Foram raras as vezes na vida que tive uma oportunidade como essa. Não sei se vou encontrar outra cidade com essa variedade de etnias e com bairros que mudam de cara de uma rua para outra. De um lado podem existir caribenhos, do outro, judeus”, diz Bel Borba ao “The New York Times”.
A matéria é só elogios ao trabalho de Borba. Ele é chamado de “artista em ebulição”, citado como “força da natureza” por um dos entrevistados e definido como “brilhante” por outro.
“O sr. Borba, 55, é de Salvador, no estado da Bahia, a terceira maior cidade do Brasil, onde ruas, muros, praças e praias foram suas telas desde o início dos anos 70. Ele é uma figura bem conhecida e amada por lá, regularmente saudado pelos moradores e convidado para mostrar seu trabalho no bairro”, diz o jornal.
A publicação também divulga a exibição do documentário “Bel Borba Aqui: A Man and a City”, com direção do fotógrafo e cineasta americano André Costantini e Burt Sun, um artista de Taiwan que conheceu Borba numa viagem ao Brasil.
O mistério de tanto destaque talvez se explique pelo autor da matéria: Larry Rother, aquele mesmo que disse que Lula gostava de uma cachacinha.
A louvação a Borba seria um pedido de desculpas – atrasado – de Larry?

Leiam a matéria completa AQUI

2012/09/21

FELIZES PARA SEMPRE

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:02

Os japoneses podem até ter os olhinhos fechados, mas mesmo assim eles contam com a visão além do alcance. Todos os dias eles inventam alguma novidade com toques de surrealismo.
Desta vez é o “Jornal do Divórcio”, que acaba com o constrangimento de ter de dar a notícia pessoalmente aos amigos e à família e também evita a saia-justa de encontrar alguém por acaso que faz a pergunta “Como está a fulana?” sem saber que o casal já se separou.
O idealizador do jornal é o “guru do divórcio” Hiroki Terai, que teve a ideia depois de notar em suas sessões de aconselhamento reclamações de diversos casais recém-divorciados. Hiroki percebeu que eles tinham de dar a notícia para tanta gente que gostariam de fazê-lo da maneira mais rápida e menos dolorosa possível.
“Ainda resta a opção de fazer o anúncio pelas redes sociais como o Facebook ou o Twitter, mas convenhamos, avós de 80 anos geralmente não têm conta nessas plataformas e uma simples mudança no status de relacionamento não faz com que os outros entendam como está seu status mental”, diz uma matéria no site “Rocket News 24”, especializado em notícias do Japão e Ásia.
Portanto, o objetivo do jornal é oferecer aos leitores uma análise um pouco mais profunda sobre o fim do casamento.
Quando o casal se cadastra para comunicar o divórcio, ele é entrevistado e uma semana depois a reportagem é publicada. Há três opções de formato: estilo esportivo, inglês ou sul-americano.
Quem quiser pagar um pouco mais tem a história de seu casamento convertida num tabuleiro de “Jogo da Vida”. Cada quadradinho representa um momento marcante do relacionamento e, no fim do jogo, a casa da chegada é marcada com um “Happy Divorce!”.
Além de lamentar o fim do casamento, o casal chora na hora do pagamento: o custo da matéria simples é de 140 dólares – e 200 dólares para a de página dupla.
Divorciados que concordarem em incluir um anúncio de Hiroki sobre suas cerimônias de divórcio ganham 50% de desconto.

2012/09/20

ADEUS, FILÉ MIAU

Filed under: A real do mundo real — trezende2013 @ 09:43

A pindaíba é global, minha gente. Desta vez é a Inglaterra que mostra a face feia da crise.
Nesta terça-feira a BBC divulgou um vídeo produzido por jornalistas disfarçados que, munidos de câmeras ocultas, conseguiram flagrar comerciantes vendendo carne de rato em Londres em plena luz do dia.
“Carne de rato e quantidades chocantes de outros tipos de carne ilegais e ‘potencialmente perigosas’ estão sendo vendidas à população no leste de Londres (…) Fontes do escritório de vigilância sanitária do oeste da África contaram à BBC que o mercado Ridley Road, em Dalston, tem uma ampla atividade de venda de ‘defumados’ e outras iguarias feitas de ovelhas e cabras preparadas com técnicas proibidas pelas leis europeias”, conta a matéria.
“Isso é chocante. Estou muito chocado de ver isso”, diz Paul Povey, um dos maiores especialistas em higiene e inspeção de carnes do Reino Unido que examinou o material a pedido da reportagem.
Apesar de o mercado ser conhecido, o “Hackney Council”, órgão público responsável pela vigilância sanitária no bairro, diz que não recebe reclamações de venda de carne ilegal desde 2009.
A carne de rato comercializada pelos vendedores é descrita como importada de Gana – onde, de fato, é consumida como iguaria.
Um dos açougueiros flagrados pela reportagem da BBC disse: “Não diga a ninguém senão você terá problemas”.
Mesmo confrontados, os vendedores negam o ato ilegal. O gerente da loja “Great Expectations” diz: “Eu não vendo ratos, eu nunca vendi ratos. Não tenho nenhum rato aqui. Por que veio me filmar?”.
O gerente de outra loja declara: “O que você está dizendo é mentira, 100% mentira. Eu não vendo ratos. Você está acabando com o meu negócio. Você sabe quanto custa pagar todos os impostos?”.
A reportagem conta ainda que o mercado ilegal de carnes é um problema persistente para as autoridades britânicas porque são produtos contrabandeados por meio de passageiros de terminais ferroviários e aeroportos.
Segundo uma matéria do site da “Time”, “comparada a outros tipos de carne silvestre, como gorilas e chimpanzés, a carne de rato não está ameaçada de extinção e tem sido sugerida como alternativa à caça de espécies ameaçadas”.
A “Time” ouviu Stefan Gates, um jornalista que escreve sobre comida, que disse: “A carne é suculenta, doce e macia e também tem baixo colesterol e muita proteína”. Ele sugere comê-la cozida ou assada e acompanhada de bolinhos de mandioca.

Ficou com água na boca? Então assista ao video AQUI

2012/09/19

TÉCNICAS PARA ENGORDAR SEU PORQUINHO

Filed under: A real do mundo real — trezende2013 @ 08:59

Não são apenas os universitários brasileiros que têm de rebolar para pagar o carnê da faculdade. Arcar com as milhares de prestações para retirar o diploma no guichê ao fim de quatro, cinco anos, virou um drama até para os americanos.
Uma reportagem do site da CNN conta que lá eles têm recorrido a métodos que – parece – ainda não foram descobertos por aqui.
Segundo o site, as famílias americanas têm dinheiro para pagar apenas 30% da mensalidade. Então, o jeito é apelar.
O estudante John McKinley-Campbell não tem emprego, mas quer voltar à faculdade para conseguir seu Ph.D. na Universidade Internacional da Flórida. Para realizar o sonho, ele se tornou uma cobaia de laboratório.
John tem participado de uma série de estudos médicos para companhias farmacêuticas desde que sua tia viu um anúncio na TV. Ele já passou 14 dias em instalações médicas testando medicamentos para artrite e também já se inscreveu para receber injeções de uma nova droga contra o câncer de mama.
Os dois trabalhos lhe renderam 8.500 dólares.
“Se eu não conseguir um emprego, há sempre um remédio para dor de cabeça que eu posso testar”, diz ele ao site da CNN.
Outra “cobaia” citada na matéria é Norah – que pede para não ter o sobrenome revelado. Ela tem 24 anos e conseguiu 6.500 dólares doando um óvulo para uma clínica de reprodução humana em Maryland.
“Com a quantia ela conseguirá pagar o primeiro ano do curso. Mais duas doações lhe darão dinheiro suficiente para cobrir os gastos de todo o programa – algo em torno de 15 mil dólares”, conta o site.
Na mesma linha reprodutiva, a matéria fala de um estudante que fez uma doação de esperma ao “California Cryobank” e ganhou 2.600 dólares.
O “California Cryobank” – que tem diversas unidades pelo país – revela que metade de seus doadores é formada por estudantes universitários.
Até os pais têm recorrido a novos métodos para darem conta dos gastos com as faculdades dos filhos. Eles penhoram bens, cedem a casa para estudantes de intercâmbios e até lucram com vídeos que se tornam sensação no Youtube.
Outros estudantes investem no sex appeal para encontrarem um “patrocinador” para suas despesas educacionais.
Uma estudante de 21 anos – que também prefere não ser identificada – conta à reportagem que é um cara rico de 37 anos quem a financia. Os dois se conheceram num site de encontros. Em troca da companhia, o “patrocinador” banca os 1.500 dólares mensais de sua faculdade.
Esse tipo de “serviço” no Brasil tem outro nome…

Leiam a matéria completa AQUI

2012/09/18

NÃO RECLAME DE BARRIGA CHEIA

Filed under: A real do mundo real — trezende2013 @ 09:32

O senso comum adora espalhar a ideia de que as mulheres são seres complicados. Mas há muito mais situações estranhas e surreais no mundo masculino do que imagina nossa vã filosofia.
Existem pelo menos três preocupações masculinas que ultrapassam a fronteira do entendimento: a perda de cabelo; a situação do time do coração no campeonato e o tamanho do pênis.
Para eles, imaginar-se careca, com o time rebaixado para a segunda divisão e ainda por cima pouco provido do item-mor da masculinidade é pior do que perder o emprego, ficar sem dente, sem comida ou morar na rua.
Pois agora vem a pá de cal: uma pesquisa realizada na Inglaterra mostrou que um terço dos homens britânicos não conseguem enxergar seu próprio pênis.
A pesquisa foi realizada pelo site “We Love Our Health” (“Nós Amamos Nossa Saúde”) com mil homens entre 35 e 60 anos. A conclusão: 33% dos homens que ficam em pé e olham para baixo não dão notícias de seu “mini me”. O número aumenta para 44% entre os que têm entre 51 e 60 anos.
Se levarmos em consideração o fato de que desses mil muitos devem ter faltado com a verdade, o número real é preocupante.
A culpada é a pança.
A partir de dados que dão conta de que mais de 5,6 milhões de homens na Inglaterra estão acima do peso, sob o risco de reduzir suas expectativas de vida em nove anos e de sofrerem de doenças do coração, o site lançou uma campanha chamada “Big Check Campaign”.
O objetivo era encorajá-los a fazer um “teste salva-vidas” com a pergunta: “Você é capaz de ver seu pênis?”.
O site é uma ideia de três mulheres: Daryl Taylor, Rhona Pearson e Anna Woolf.
“Os resultados são preocupantes e os homens devem ser incentivados a abrir os olhos aos potenciais riscos à saúde. Um obeso que não é capaz de enxergar seu próprio pênis tem cinco vezes mais chances de desenvolver diabetes do tipo 2, três vezes mais chances de ter cancer de cólon e mais de duas vezes e meia de pressão alta – a maior causa de infarto e doenças do coração”, diz o médico e consultor do síte, Johan du Plessis.
Portanto, os que ainda conseguem dar um oi ao amigo – ainda que na versão “mini me” – podem se dar por satisfeitos. Não reclamem de barriga cheia.

2012/09/17

UNIDOS DA BOLEIA

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 08:30

Os criativos conseguem produzir algo até sobre o nada. Melhor ainda: são capazes de transformar situações corriqueiras – e aparentemente sem nenhuma poesia – em arte.
Esse é o caso do fotógrafo Alejandro Cartagena.
Natural da República Dominicana, Alejandro vive em Monterrey (México) e há anos tem se dedicado a documentar o crescimento das regiões suburbanas do país.
Uma das séries que mais chama a atenção é “Car Poolers”, na qual Alejandro conseguiu captar algo inusitado: empregados das construções localizadas na área mais nobre da cidade indo para a labuta na carroceria das caminhonetes de seus patrões espremidos entre escadas, cordas, sacos de cimento, carrinhos de mão e outros instrumentos de trabalho.
A maioria mora em cidades como Escobedo, Apodaca e Garcia e está sendo levada para San Pedro Garza Garcia, um dos bairros mais ricos e economicamente ativos da região metropolitana de Monterrey.
Foram quatro anos de trabalho na rodovia “Highway 85” – também conhecida como “Gonzalitos” –, uma das mais movimentadas de Monterrey.
Numa entrevista ao blog “Daylight”, o fotógrafo conta que as imagens foram feitas do alto de uma ponte de dez metros de altura entre 7 e 9h30 da manhã.
“Os veículos passavam a cerca de 64 km/h e eu tentava focar na distância para quando eles cruzassem a ponte eu clicar. Quando eu tinha sorte, o trânsito ficava lento e era mais fácil conseguir fotografar”.
A ideia para desviar-se de seu trabalho sobre o subúrbio surgiu quando ele foi contratado por um colégio para um trabalho sobre a utilização das ruas em Monterrey. “Estava procurando maneiras de mostrar como as pessoas usam seus veículos e como elas se tornam parte da paisagem urbana – especialmente na hora do rush. Isso me levou a fotografar em áreas mais elevadas e, eventualmente, fazer imagens únicas de carros e caminhões. Mas enquanto fazia isso, notei esses trabalhadores e instantaneamente soube que faria um projeto sobre isso. Através do trabalho eu senti que poderia mostrar várias coisas: a condição do trabalho deles, a prática (comum) de se carregar funcionários nas carrocerias e, especialmente, como esse assunto se relaciona com a falta de desenvolvimento urbano e do sistema de transporte público nas cidades mexicanas. Mesmo que funcione para esses homens, eles estão colocando a vida deles em risco em nome do emprego”.
A série “Car Poolers” foi uma das indicadas ao prêmio “Sony World Photography Awards” deste ano.

Confiram algumas imagens AQUI

2012/09/16

CUIDADO, POLÍTICOS NA PISTA

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:42

A iniciativa veio da Rússia, mas funciona perfeitamente em qualquer grande metrópole: associar a imagem dos políticos às mazelas urbanas.
Na cidade de Yekaterinburg, na Rússia, os buracos das ruas e avenidas foram usados como componente facial dos administradores locais. Os políticos, que gostam de estar sempre bem na fita, não curtiram muito a brincadeira e resolveram agir rapidamente.
A ideia foi de um blog local chamado “Ura.Ru”, que comprou a briga da população e durante semanas reclamou das ruas esburacadas da cidade: “A qualidade das ruas de Yekaterinburg – a quarta maior cidade da Rússia – é um problema eterno. A questão é que nossos políticos não se importam com as crateras. A única preocupação deles é com a autoimagem. Então associamos os buracos à imagem de certos políticos. Durante a noite, em três buracos no centro da cidade, foram desenhados os rostos do governador, do prefeito e do vice-prefeito”.
A campanha – publicada em mais de 300 meios de comunicação – surtiu efeito e os buracos foram consertados.
É claro que antes de providenciar uma solução decente, a prefeitura realizou uma pintura por cima dos desenhos. Depois de novos protestos – “Só tinta não vai resolver o problema” – a obra foi realmente feita.
Cada um dos desenhos era acompanhado por uma frase marcante de uma destas autoridades, como “os buracos serão consertados até o final de abril”.
Uma coisa é certa: em São Paulo não faltariam nem buracos e nem políticos para comporem o quadro. Ambos são como matrioskas.

Vejam as fotos AQUI

2012/09/15

REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 08:50

A fúria dos brasileiros –especialmente os paulistanos – em relação ao mau uso dos cavaletes políticos está produzindo resultados interessantes.
Depois de surgirem algumas páginas no Facebook incentivando a “customização” dos que atrapalham o trânsito de pedestres, agora aparece outra proposta: a “Cavalete Parade”.
Marcada para o dia 29 de setembro (sábado) em várias cidades do país, a “Cavalete Parade” vai ser uma exposição nos mesmos moldes da “Cow Parade” e da “Call Parade”. Em vez de vacas e orelhões, teremos eles, os cavaletes.
A página surgiu há duas semanas no Facebook e já foi curtida por mais de 2 mil pessoas.
As instruções da página oficial são: “1. Pegue um Cavalete de Político, que se encontra em situação irregular, emprestado. 2. Faça uma intervenção por cima. Cubra tudo, nome e número do candidato. O candidato que reinvidicar posse do cavalete estará, por sua vez, criando provas contra si mesmo. 3. No dia 29 de setembro, 13h faremos a exposição, coloque o seu cavalete em qualquer ponto do canteiro central da Av. Paulista.
Parte Legal: É importante deixar claro que os cavaletes ‘pegos’ foram aqueles que infrigiram a lei, atrapalharam o ir e vir das pessoas, ou que estava comprometendo a segurança delas, num espaço que é PROPRIEDADE de todos, o público”.
Qualquer um pode participar.
Além de São Paulo, no mesmo dia estão programadas exposições no Rio (em frente à Alerj) e em Curitiba, num lugar com um nome sugestivo: Boca Maldita.
A ideia é do diretor de arte Victor Britto e do ilustrador Marco Furtado.
Pretendo estar com uma “obra” exposta. Aguardem.

2012/09/14

HERÓIS DA ESCURIDÃO

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:44

Algumas situações podem transformar uma simples ida ao cinema num inferno:
– gente que faz barulhos bucais e mastiga a pipoca com a boca aberta,
– quem atende o celular durante a projeção,
– os que se remexem durante toda a sessão e, por conta disso, batem o pé na poltrona da frente,
– quem tem incontinência urinária e incomoda a fileira inteira a cada meia hora para ir ao banheiro,
– os que gostam de comentar o filme e tentam adivinhar os diálogos,
– gente que confere mensagens e recados no smartphone a cada cinco minutos, iluminando a sala inteira,
– nos cinemas que têm lugar marcado, os que insistem em se instalar no assento alheio.

Pois um cinema em Londres criou uma solução para resolver pelo menos um desses problemas. É o que informa um dos blogs do jornal britânico “The Independent”.
O “Prince Charles Cinema”, na Leicester Square, contratou um esquadrão de ninjas para domar o público mal educado.
Os ninjas são, na verdade, um grupo de voluntários que se veste com collants de lycra pretos e se camufla na sala. Os macacões são fornecidos pela “Morphsuits”, a fabricante e parceira do cinema na ação.
Mas o mico de se vestir com um macacão preto coladinho ao corpo tem uma contrapartida. Para executar o “serviço”, os ninjas ganham o ingresso da sessão.
Sempre que observam alguém com um dos comportamentos citados acima os ninjas entram em ação e levam uma conversa ao pé do ouvido com o fanfarrão.
A ideia veio de Gregor Lawson, um dos sócios da “Morphsuits”. Ele conta que sempre fica incomodado quando está no cinema e percebe comportamentos deselegantes. “Há um código de conduta não falado que algumas pessoas simplesmente não entendem. Então quando vi alguns frequentadores de cinema comentando na nossa página no Facebook que gostariam de ser ninjas, tive um momento ‘eureca’”.
Alô, Cinemark, UCI, Kinoplex, fica a dica.

2012/09/13

EM CANA COM ESTILO

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 08:43

A lista de celebridades que já tiveram problema com a polícia é extensa. No Brasil, de Paulo Ricardo a Guilherme de Pádua. Nos Estados Unidos, de Lindsay Lohan a Robert Downey Jr.
Os motivos são os mais variados: posse de drogas, direção sob efeito de álcool, agressão doméstica e assassinato.
A diferença entre os dois mundos é que enquanto lá é comum a imprensa publicar as fotos das fichas policiais destes famosos (“mugshots”), no Brasil isso permanece em segredo – para a tristeza das revistas sensacionalistas.
Aproveitando-se dessa publicidade gratuita proporcionada pelas autoridades policiais e pela mídia, o fotógrafo e estudante de publicidade Michael Jason Enriquez realizou um trabalho interessante.
Ele criou um site no qual, com a ajuda do Photoshop, funde imagens de criminosos australianos da década de 20 com os famosos americanos. Trata-se do “Mugshot Doppleganger”.
No início do ano, Michael deparou-se com um farto arquivo de “mugshots” no site “Historic Houses Trust” e, impressionado com o estilo dos retratados, teve a ideia.
“Há uma conexão estranha que nos leva às fotografias ‘vintage’. Vemos o que não está lá – alguém conhecido, um membro da família, talvez um amigo – e também alguns que trazem uma semelhança incomum com as celebridades de hoje. Estamos tão acostumados a vermos os famosos na TV e nos blogs que podemos nos lembrar da cara deles nas fichas policiais. O visual de mau gosto dos retratos feitos pela polícia de hoje contrasta com os da década de 20. Os do passado conferiam uma beleza misteriosa a eles – perdida atualmente. Bem-vindo ao arquivo fotográfico da história criminal das celebridades. É um mundo similar ao nosso apenas levemente alterado”, diz ele no site.
Dentre os famosos que ganharam uma versão 1920 estão as figurinhas de sempre: Mel Gibson, Charlie Sheen, Hugh Grant, Paris Hilton, Nick Nolte, Macaulay Culkin e outros.

Confiram as fotos AQUI

2012/09/12

SUPERMERCADO DO AMOR

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 08:32

As coisas estão ficando bem modernas, diretas e práticas no mundo dos relacionamentos.
Um site de namoro francês está transformando a busca pelo par ideal num verdadeiro supermercado do amor.
Uma matéria publicada pelo “The Daily Mail” fala sobre o “AdopteUnMec.com” (algo como Adoteumhomem.com). O site existe desde 2010, mas acaba de abrir uma loja na qual os homens são colocados literalmente na prateleira.
Um enxame de mulheres compareceu ao evento de lançamento nesta semana, em Paris, que mostrou diversos modelos de homens dentro de caixas como se fossem bonecos.
A coleção incluía um astro do rock, um surfista, um veterinário, um comandante, um “aventureiro”, um “Muscle Man” (“Homem Músculo”) e um “Le Geek” (nerd).
A loja itinerante ficará aberta por dez dias em Paris. Em seguida, vai passar por Bruxelas (Bélgica), Lausanne (Suíça), Toulouse (França) e Lyon (França). Só depois retorna à capital francesa.
A ação faz sentido porque no site, ao preencherem o cadastro, os homens acrescentam suas informações pessoais como se fossem produtos.
Na home page do site: “Você tem 0 homens no seu carrinho”.
Uma vez cadastrados, eles só podem se comunicar com as mulheres se forem escolhidos.
A maioria dos comentários dos leitores do “The Daily Mail” questiona se o mesmo princípio fosse aplicado às mulheres. Para esses, as feministas estariam rolando de raiva.
Alguns também fazem um paralelo entre os “bonecos” e as vitrines com mulheres na zona de prostituição de Amsterdã.
Mas outras observações são bem interessantes. Um leitor de uma cidade chamada Lincoln, diz: “Pena não serem caixas de madeira com tampa. Que coisa patética”.
Outro, que assina como Batman, de New Port: “Será que eles têm uma oferta do tipo ‘Compre um leve outro de graça?’”.
A ideia do site é realmente ótima, mas no mundo real a coleção de bonecos que nos é oferecida é bem diferente.
No varejão, os que não estão com a data de validade vencida estão encalhados no estoque: o “Homem Moletom” (que já foi tema de post por aqui), o “Mr. Barriga”, o “Sukita Man”…
Os melhores, os modelos “edição limitada”, continuam produto raro.

Confiram algumas fotos AQUI

2012/09/11

VOCÊ TEM QUE ME AMAR

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 08:38

O cansado aí em cima é Beon, que atinge perfeitamente seu objetivo: chamar a atenção das pessoas.
Beon é amigo de John Clang, fotógrafo e artista visual nascido em Cingapura que vive em Nova York. Clang clicou o amigo dormindo em vários lugares movimentados de Cingapura para a série “Beon Sleeps”.
A ideia surgiu porque Beon estava passando por uma fase difícil e Clang perguntou se ele toparia se expressar através de uma intervenção pública na qual forçasse as pessoas a olharem para ele.
Provavelmente Beon estava vivendo um período muito complicado, porque ele topou. Nas imagens ele aparece dormindo num vagão do metrô, na escada rolante, em avenidas movimentadas, em portas de prédios comercias e em cima da faixa de pedestres – sempre com um travesseiro.
Em seu site, Clang explica seu trabalho: “O mundano e o lugar comum me atraem – eu sempre me interesso por assuntos relacionados ao meu cotidiano. Por isso minhas imagens são um reflexo poético de mim mesmo em resposta às mudanças sutis no meu ambiente. Ultimamente uma boa fotografia é aquela que nos deixa cara a cara com a nossa existência”.
Além de trabalhar com fotografia publicitária, Clang exercita a criatividade com suas séries artísticas. Uma das mais recentes é “Being Together”, que será exposta no Museu Nacional de Cingapura no ano que vem.
Nesta ele une parte de uma família que mora em Cingapura com parte da mesma família que reside em outros países. Primeiro ele faz o registro virtualmente através do Skype e, por meio de projeções em tamanho natural, une os parentes.

Confiram as fotos de Beon dormindo AQUI

2012/09/10

FASHION QUEEN

Filed under: A real do mundo real — trezende2013 @ 08:28

A celebrada “Semana de Moda de Nova York” começou na semana passada.
Enquanto uns analisaram as tendências que surgiram nas passarelas, a “Global Language Monitor” (GLM) – empresa americana de análise de mercado – publicou o resultado de sua pesquisa anual sobre as capitais mais “fashion” do mundo. E a surpresa: São Paulo está muito bem na fita.
No site da GLM, em 7º lugar, São Paulo é chamada de “a rainha da América Latina”. A capital paulista subiu 18 posições no ranking e superou Milão.
A boa colocação entre as “top ten” é uma ótima notícia e um consolo para quem vê a “SP Fashion Week” como um circo com atrações que variam entre o “ver” e o “ser visto”.
É também um incentivo para quem gosta de ostentar gratuitamente grifes na lapela – como a coroinha da Osklen (jacarezinho não vale).
Londres foi eleita a mais “fashion” pelo segundo ano consecutivo, batendo Nova York e Barcelona.
Bekka Payack, uma das diretoras do instituto, diz que a permanência da capital britânica no primeiro lugar se deve “a duas circunstâncias extraordinárias”: o aparecimento de Kate Middleton como um ícone da Moda e o término de uma Olimpíada “extremamente bem-sucedida”.
Em quarto lugar ficou Paris, seguida de Madri e Roma.
Segundo Christopher Breward e David Gilbert – autores do livro “Fashion’s World Cities” e citados no artigo do site “Atlantic” –, a Moda tem se tornado cada vez mais um traço da competição entre as maiores cidades do mundo.
“Em alguns casos o nome da capital é até incorporado à marca. Talvez o caso mais famoso seja o ‘DKNY’, de ‘Donna Karan New York’”, dizem eles.
Outro indicativo é que os anúncios destas marcas nas revistas frequentemente mostram as modelos nas ruas das grandes cidades, próximas aos táxis.
O ranking da GMC é elaborado com base em vários sites, blogs e outros meios de mídia social, como o Twitter, e inclui 175 mil veículos de comunicação impressos e eletrônicos.

Vejam a lista completa AQUI

2012/09/09

QUER SABER? JÁ FOI

Filed under: Cri-crítica — trezende2013 @ 09:37

O musical “Cabaret” confirma o ditado popular de que a propaganda é a alma do negócio. As peças publicitárias do espetáculo, a autopromoção e a forcinha da mídia nos convencem de que se não o assistimos, não vivemos.
Mas é bom não acreditar em tudo o que lemos e ouvimos. É perigoso.
“Cabaret” é mais um dos espetáculos que saem do forno da pizzaria Charles Möeller e Claudio Botelho e mais um equívoco de José Possi Neto como diretor de musicais (ele também foi responsável pelo fraquíssimo “New York, New York”).
Após encontrar um filão no mercado cultural brasileiro no fim dos anos 90, a dupla Möeller-Botelho ligou a máquina produtora de musicais e tem se assemelhado a um trator. No site da dupla é possível contar 32 musicais entre 1997 e hoje. O resultado é que a maioria das pizzas fabricadas pela dupla chega com o estranho sabor da pizza do Habib’s.
Visualmente a produção é sempre impecável – os cenários e figurinos chamam a atenção porque são confeccionados pela elite dos profissionais brasileiros na área. Mas a tradução e a adaptação brasileiras deixam a desejar.
Primeiro pelos números musicais – todos traduzidos. Depois pelo texto, em muitos casos, sem pé nem cabeça.
Em “Cabaret” há um exemplo ótimo. Numa das cenas, um casal conversa metaforicamente sobre maçãs – filosofa sobre o fato de que as maçãs dos galhos mais altos são as mais saborosas. Do nada, um dos personagens diz: “Vou descascar uma laranja”. E a outra: “Deixa que eu descasco pra você”.
Imagina-se que a frase, que sai totalmente do contexto, será o elo de ligação para algo incrível que virá adiante. Mas não. Ao fim do solo do ator, a outra lhe entrega a fruta descascada.
Fim da cena. Só faltou dizerem ao público: “Agora chupem essa laranja”.
As vivas vão todas para outra dupla: Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello – namorados “na vida real” e responsáveis pelos melhores momentos do espetáculo.
Jarbas Homem de Mello faz a alegria da plateia ao desfilar toda sua “jarbice”. E que “jarbice”, minha gente. O ator não hipnotiza só pelo físico sensacional. Expressivo, ele é também um ótimo cantor e dançarino.
Claudia Raia é uma cantora esforçada. É evidente que sua colocação de voz é fruto de aulas de canto – tanto quanto seu abdômen sarado das inúmeras séries de abdominais. A constatação, no entanto, não tem o objetivo de desmerecer o trabalho da atriz. Pelo contrário, Claudia é um exemplo de superação, disciplina e força de vontade. Mas seu talento é para a dança.
Ao fim, é inevitável não tentar entender por que “Cabaret” não funciona. E o diagnóstico é um pouco desanimador: “Cabaret” envelheceu. O filme que encantou o mundo na pele de Liza Minnelli em 1972 já não encanta. Ele marcou época – deve ter sido um espanto falar de aborto ou de independência feminina na década de 70 – mas talvez hoje, na era da informação e dos resultados, precisemos de outros significados. E “Cabaret” é apenas um espetáculo visual.

Quer um bom musical? Vá ver “Priscilla”

2012/09/08

EQUILÍBRIO PERFEITO

Filed under: Cri-crítica — trezende2013 @ 09:07

Olha aí o filme do ano. Demorou, mas ele veio. E da França.
“Intocáveis” não é destaque porque estamos num ano fraquíssimo de estreias cinematográficas, mas porque é excelente.
Já é o segundo filme mais visto da história da França – com cerca de 20 milhões de espectadores. “Intocáveis” só fica atrás de “A Riviera Não É Aqui” (2008) na preferência dos franceses.
A história é linda e emocionante, mas o grande ímã é Omar Sy. Grande em todos os sentidos. O ator, que tem quase dois metros de altura, é um achado. É muito carisma para uma pessoa só. Por este papel, ganhou o César (considerado o Oscar francês) este ano.
Baseado numa história real, “Intocáveis” é inspirado no documentário “A la Vie, A la Mort”, feito em 2004, quando os diretores conheceram os protagonistas.
O filme se passa em Paris e narra a amizade entre Philippe, um tetraplégico viúvo e milionário, e Driss, um jovem problemático da periferia parisiense de origem senegalesa. Cada um engessado às suas limitações.
Desempregado, Driss vive da grana do auxílio-desemprego. Philippe, que se movimenta apenas do pescoço para cima, tem poucos prazeres na vida: ouvir música clássica, colecionar obras de arte e corresponder-se com uma estranha.
O destino dos dois dá uma guinada quando Philippe contrata, por pura empatia, Driss como acompanhante / enfermeiro.
Driss compensa sua pouca cultura e ignorância com humanidade e humor – através de muitos comentários politicamente incorretos. Graças à sua espontaneidade, ele conquista a simpatia e a confiança de Philippe, que percebe ser tratado como um homem comum. É aí que reside toda a magia de “Intocáveis”.
Driss faz o diabo com a cadeira de rodas do patrão, carrega-o no colo de maneira estranha e não tem papas na língua.
Phillipe apresenta a ele compositores famosos – Vivald, Bach – e Driss devolve com “Kool & the Gang” – a cena da festa de aniversário de Philippe, em que Driss tenta dar alguma interpretação à música clássica, é divertidíssima.
Depois de assistir à “Intocáveis” tem-se a sensação de que é tão simples fazer um bom filme… Não é preciso explosões, efeitos especiais, figurinos de época, locações majestosas ou elenco famoso mundialmente. Só queremos uma história bem contada que nos divirta e surpreenda. Não é pedir muito.
No final, enquanto aparecem os créditos, conhecemos os verdadeiros Philippe e Driss (Abdel, na vida real). Vem também a informação de que Philippe vive no Marrocos, casou-se novamente e tem dois filhos. Abdel também é casado e tem três filhos. Os dois são amigos até hoje.
Vocês não vão querer perder o filme do ano, vão?

2012/09/07

AI QUE VONTADE QUE DÁ

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 10:31

Delícia de programa para o feriado: passear pelo site “Candy Wrapper Archive”, um arquivo online só com embalagens de chocolates.
O site existe desde o início do ano passado e é uma ideia de Richard Saunders, um programador de computadores dos Estados Unidos.
Uma embalagem de “Whatchamacallit” iniciou a coleção, em 1983. “Eu não era muito de comer doces, mas achei o nome diferente e a embalagem legal”, conta o autor.
As embalagens vão dos anos 1900 até hoje.
A mais antiga é uma de chocolate Hershey’s, de 1908. Preço: 5 centavos.
Segundo Richard, a primeira barra Hershey’s surgiu em 1894. Desde então, o doce já sofreu mais de 30 variações.
Percorrer a galeria do site é uma tentação e várias descobertas. Além de os rótulos serem lindos, é interessante notar que as primeiras embalagens eram feitas de um papel bem fino, sinal de que o transporte e o manuseio não pareciam ser levados em consideração.
Alguns são excelentes exemplos de peça publicitária. Um deles é de uma marca chamada “Peter Cailler Kohler”, de 1920, que diz: “Tão alto quanto os Alpes em qualidade”.
Outro, de 1927, da “Lindy”, mostra-se visionário: “Guarde as embalagens Lindy. Elas são valiosas”.
Em 1932 havia uma marca chamada “Os Três Mosqueteiros”, produzida pela “Mars”. Inicialmente eram três barras em uma: chocolate, baunilha e morango, mas anos depois foram transformadas em uma só. Pode-se dizer que “Os Três Mosqueteiros” são os pais do nosso “Sensação”.
Já o “Snickers”, um dos chocolates mais vendidos hoje, foi lançado em 1930, pela “Mars”. O nome é uma homenagem ao cavalo preferido da família Mars. Na Europa, a barra foi vendida com o nome de “Marathon” até 1990.
O “Crunch” chegou às prateleiras em 1937 e de lá pra cá sofreu 11 alterações no rótulo.
A febre atual, o “Kit Kat”, foi criado em 1920 e tem sido produzido pela Nestlé desde 1988, exceto nos Estados Unidos, onde é fabricado pela Hershey’s. Segundo o site, o “Kit Kat” possivelmente foi lançado com o nome de “Rowntree’s Biscrisp”.  
Além da galeria, o site hospeda um blog, tem vários artigos (“O preço dos doces pelos anos”, “Rótulos com logo sobre guerras”) e aceita contribuições de rótulos.

Conheçam o site AQUI

2012/09/06

REHAB DE CASAL

Filed under: Cri-crítica — trezende2013 @ 09:50

Arnold (Tommy Lee Jones) e Kay (Meryl Streep) estão casados há 31 anos – casados, mas não juntos. Eles dormem em camas separadas e praticamente não conversam e não têm contato físico.
Arnold é um homem de poucas palavras. Prefere assistir aulas de golfe pela TV. Kay é a dona de casa padrão – solitária e reprimida – que procura a ajuda do Dr. Bernie, um terapeuta de casais (Steve Carell) que vai ajudá-los a superarem as dificuldades do casamento.
Esta é a história de “Um Divã Para Dois”, uma mistura de drama e comédia dirigida por David Frankel (o mesmo de “O Diabo Veste Prada” e “Marley e Eu”).
Quem viu o trailer imagina que vai assistir a mais uma comédia romântica com uma trilha sonora “bonitinha”, mas o filme está mais para as lágrimas do que para a gargalhada.
“Um Divã Para Dois” não é um filme fácil. Vai direto ao ponto, cria constrangimentos e procura a verdade dos sentimentos.
Durante o “rehab” de uma semana, as perguntas do terapeuta causam embaraços ao casal – principalmente porque se trata o sexo de forma clara e direta: do que gostam, do que não gostam, as fantasias, se sentem-se atraídos um pelo outro, quando foi a última vez que tiveram uma relação sexual – “há uns cinco anos, em setembro”, relembra Kay.
Portanto, as cenas que poderiam render situações de riso têm uma boa dose de drama e tensão.
Mas o que faz o filme realmente valer a pena é Meryl Streep. Com apenas um olhar ela consegue transmitir melancolia, ternura, alegria ou otimismo. Como é prazeroso assistir à atuação dela – outro dia mesmo nos convencia de que era Margareth Tatcher. Em “Um Divã Para Dois” ela novamente mostra sua versatilidade.
Seu parceiro de cena, Tommy Lee Jones, a acompanha à altura sem cair no estereótipo do marido ranzinza.
Steve Carrell, acostumado à comédia, contém-se ao interpretar o terapeuta bem-intencionado – até porque cara de psicólogo ele já tem.
Além do talento de Meryl Streep, chama a atenção em “Um Divã Para Dois” o fato de os três personagens respeitarem o silêncio, a pausa (e aí entra uma qualidade conquistada com a idade) o exercício da tolerância.
Não percam.

2012/09/05

O DIABO VESTE ROSA

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:16

O blog: “Suri’s Burn Book” (algo como “A Lista Negra de Suri”).
O subtítulo: “Só porque você não tem uma bolsa Ferragamo não significa que você pode se comportar como uma criança (Shiloh, estou de olho em você)”.
O conteúdo: Suri, de 6 anos, filha de Tom Cruise e Katie Holmes, analisa sarcasticamente o look de famosos e seus filhos, como Zahara e Shiloh (2 dos 6 rebentos de Brad Pitt e Angelina Jolie); Harper Beckham (a bebê de Victoria e David Beckham); Matilda Ledger (filha de Michelle Williams e Heath Ledger) e vários outros.
Além de dar seus pitacos sobre Moda, Suri comenta suas próprias fotos publicadas pela imprensa.
A página, escrita por Allie Hagan, de 25 anos, existe há mais de um ano e em julho de 2011 foi eleita o “Tumblr” do ano pela revista “Time”.
Suri não perdoa.
Abaixo de fotos da descabelada Seraphina Affleck (filha de Ben Affleck e Jennifer Garner) Suri escreve: “Alguém pode por favor dar um elástico de rabo de cavalo a Seraphina Affleck e um pouco de respeito próprio?”.
Fala também sobre um dos filhos de Mariah Carey: “Sei que estão te tratando como membro da família imperial russa, mas na verdade seu pai é o Nick Cannon e você está de jeans. Você não tem o direito de fazer essa cara”.
Diante de uma foto da pequena Harper Beckham com uma tiara imensa da Minie, Suri diz: “Amo viajar à Disney assim como essa garota, mas parecer um pavão é um pesadelo”.
Suri comenta também uma imagem de Justin Bieber com uma de suas irmãs menores e diz que o multimilionário Justin “bem que poderia financiar um novo guarda-roupa para Jazmyn – essa camiseta com borboleta está me deixando triste – ou pelo menos um novo nome”.
Sobre a calça apertada da atriz Katherine Heigl: “Sabe por que eu sei que Katherine Heigl é uma bruxa? Porque só magia negra pra fazer essa calça entrar”.
Violet Affleck também é um alvo constante. Sobre uma foto da filha de Ben Affleck com uma capa de chuva com capuz: “Essa é a Violet Affleck ou a minha avó? Nem sei. E não é porque minha religião não permite que eu saiba como minha avó se parece”.
Elogios, poucos. “Eu amo a França. Aqui temos a ex-primeira dama francesa Carla Bruni-Sarkozy e seu filho Aurélien na cidade-luz. Adoro a postura inteligente de Aurélien, o jeito casual com as mãos nos bolsos e especialmente os óculos. Ele parece um Harry Potter parisiense. Como se diz ‘paixonite’ em francês?”.
Sobre a exposição da vida das celebridades, a autora da página disse ao site “The Daily Beast”: “Com o desenvolvimento da Internet, não é só a revista ‘People’ uma vez por semana; isso se tornou um ciclo de 24 horas. Há muito mais celebridades hoje e a obsessão com as crianças é parte disso também. Meu objetivo é brincar e mostrar como isso é bizarro”.
O blog fez tanto sucesso que acaba de virar livro: “Suri’s Burn Book: Well-Dressed Commentary From Hollywood’s Little Sweetheart”.

Visitem o blog AQUI

2012/09/04

ZZZZZZ…

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:37

Hoje algumas dicas para ninguém dormir no ponto. Um infográfico com 16 curiosidades sobre o sono publicadas pelo site “Psychology Degree”.
Algumas informações são conhecidas, outras duvidosas (ou inúteis) e algumas bem curiosas. Vejam:
1) A primeira é sobre o que acontece com o nosso corpo durante o sono: o cérebro repõe as energias, as células se restabelecem e importantes hormônios são liberados.
2) A quantidade de horas de sono varia conforme a idade. Bebês precisam de 16 horas. Já as pessoas com mais de 65 anos se satisfazem com 6.
3) 70% dos homens sonham com outros homens. Já as mulheres sonham de forma igual com ambos os sexos.
4) Nós só sonhamos com rostos conhecidos – lembrando-nos ou não deles.
5) A “parasomnia” é um tipo de desordem que faz com que o portador faça movimentos apesar de estar dormindo. Entre os crimes cometidos por quem sofre de “parasomnia” estão assassinato, molestamento de menores e estupro.
6) 12% das pessoas sonham em preto e branco – este número costumava ser maior, mas desde o advento da TV em cores as pessoas têm sonhado mais colorido.
7) Sonhar é normal. Pessoas que não sonham têm transtornos de personalidade.
8) A posição como se dorme pode revelar traços da personalidade. A mais comum é a posição fetal (41%). Inicialmente bruscas, pessoas que dormem como bebês no útero têm o coração aberto.
9) 1 em cada 4 casais dorme em camas separadas.
10) Soldados britânicos foram os primeiros a desenvolver um método para ficarem 36 horas acordados. Quando cansados, eles usavam visores especiais que eram capazes de imitar a claridade solar.
11) Os mamíferos mais dorminhocos são: coalas (22 horas diárias); morcegos marrons (19,9); e os pangolins (18). Os que menos dormem: girafas (1,9 horas por dia); veados selvagens (3,09) e elefantes asiáticos (3,1).
12) Quando os golfinhos dormem, apenas metade de seu cérebro descansa. A outra metade se encarrega de manter os ciclos de respiração.
13) É mais fácil morrer de sono do que de fome. São necessárias duas semanas para morrer de fome, mas apenas 10 dias para morrer por ausência de sono.
14) Cegos também veem imagens quando sonham.
15) Depois de cinco minutos acordados, 50% dos sonhos são esquecidos. Dez minutos depois, 90% já se foi.
16) 1 a cada 50 adolescentes ainda fazem pipi na cama.

Confiram o gráfico AQUI

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