O Mundo Gira, A Lusitana Roda…

2011/02/02

FORÇA NO GOGÓ

Filed under: Cri-crítica — trezende2013 @ 08:39

“O Discurso do Rei” narra os esforços do rei britânico George VI (Colin Firth, de “O Diário de Bridget Jones”) para superar a gagueira. No processo, contrata Lionel Logue (Geoffrey Rush), fonoaudiólogo especialista em discursos – tão competente quanto intransigente.
Em meio à luta contra seu nervosismo e ansiedade, George ainda é chamado a resolver questões diplomáticas referentes à Segunda Guerra Mundial.
Num ano de fraca produção cinematográfica, “O Discurso do Rei” está sendo considerado uma obra-prima. A produção britânica lidera a disputa ao Oscar com 12 indicações, incluindo melhor filme, diretor, ator e atriz coadjuvante.
Além disso, acaba de levar as principais estatuetas do Sindicato dos Atores da América (SAG): recebeu o prêmio de Melhor Elenco e Colin Firth de Melhor Ator.
Mas é um bom filme? Sim. Merece ser alvo dessa quizumba toda? Não. Vai faturar o troféu de melhor filme? Provavelmente não. Será muito surpreendente os acadêmicos recompensarem um trabalho inglês em detrimento de um que conta a história do Facebook – “A Rede Social”, o outro favorito.
O diretor – Tom Hooper – tem uma sólida carreira televisiva e faz um filme honesto. Até porque o ponto alto é sua dose de realidade: a gagueira do rei e a trajetória pessoal de David Seidler, o roteirista, que tem mais de 70 anos.
O escritor britânico radicado nos Estados Unidos também era gago na infância. Ao tomar conhecimento de que sofria do mesmo problema do rei, inspirou-se para escrever o roteiro.
Sendo menor do que a realidade, “O Discurso do Rei” torna-se um filme de atores. As ótimas interpretações somadas à pompa inglesa (olha só o pleonasmo) são motivos para deixar ouriçados os críticos, cinéfilos e sindicatos de produtores cinematográficos.
Apesar da pompa, “O Discurso do Rei” terá de batalhar sua circunstância. Força no gogó.

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