O Mundo Gira, A Lusitana Roda…

2011/10/03

HELL’S KITCHEN

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 09:37

O assunto de hoje partiu de um post do blog do jornalista Marcelo Duarte, autor da série “Guia dos Curiosos”.
No seu blog, o jornalista comenta sobre “Chiclet-O-Pédia – Super Chicletices de A a Zzzzz”, um almanaque para crianças escrito pela americana Megan McDonald.
No livro há diversas curiosidades e um capítulo dedicado aos museus mais estranhos do mundo. Um deles chama a atenção: o “Museu da Comida Queimada”, uma homenagem às mais espetaculares catástrofes na cozinha.
Bastou uma “googlada” para conseguirmos mais informações.
A fundadora do museu – localizado em Arlington, Massachusetts – é a americana Deborah Henson-Conant, uma harpista profissional.
Segundo ela, tudo começou numa noite fria de 1989. Enquanto preparava uma sidra de maçã, permaneceu ao telefone por duas horas. Após sentir o cheiro, correu à cozinha e se deparou com uma coluna de espuma que lembrava “um meteorito ou um pedaço de concreto” que saía da panela. “Foi um visual impressionante, então decidi deixá-lo numa prateleira”.
Desta forma, o desastre culinário tornou-se a primeira peça do museu.
“As pessoas pensam que comida queimada é uma coisa negativa. Mas é realmente importante, antes de tratá-la como falha, parar, dar uma olhada no que você fez e encontrar beleza nisso”, diz ela.
Graças à sua impaciência e distração, em pouco tempo Deborah tornou-se uma ótima contribuinte para seu próprio museu. Além da sidra, ela queimou alguns pratos no micro-ondas e até o arroz na panela elétrica.
Certa vez ela deixou uma batata-doce no forno e foi para o México. Quando retornou, cinco semanas depois, o prato estava “fossilizado” porque havia sido lentamente assado pela luz do forno.
Cada item do museu é apresentado cuidadosamente arrumado sobre um prato, envolto por vidro e recebe nomes como “Isso poderia ter sido uma lasanha”, “Não tente isso se você não é da Califórnia” ou “Batata assada três vezes”.
Dentre as peças expostas há um muffim que lembra um cogumelo gigante e preto, alguns waffles negros, um espetinho com camarões “bem passados”, um par de salsichas chamuscadas e até um limão que não foi levado ao fogo ou forno, e sim entrou em autocombustão misteriosamente.
A justificativa de Deborah para expor tanto lixo é ótima: “Se qualquer um desses alimentos tivesse se tornado uma refeição de sucesso, já teriam sido comidos e esquecidos”.
Apesar da variedade, Deborah faz questão de dizer que todas as “obras” expostas – as dela e as de seus doadores – foram causadas acidentalmente. Não são aceitas peças queimadas de forma intencional. “Afinal, não se trata só da exposição, mas de toda a história por trás de cada um dos queimados”.
Não sei que perfil de turista se interessaria por uma visita ao museu – estudantes de Gastronomia, talvez? Até porque, para matar a curiosidade, o site é perfeito.

Conheçam AQUI

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