O Mundo Gira, A Lusitana Roda…

2009/05/10

PARA O ALTO E AVANTE!

Filed under: Mentes brilhantes — trezende2013 @ 08:57

enterro

etA expressão “descansar em paz” é comumente usada para se referir ao repouso eterno. Mas quando se tem notícia de saques a túmulos e mausoléus ou de reuniões realizadas por góticos entre covas e jarros de flores o significado do “descansar em paz” torna-se banal e sem sentido – principalmente após descobrir os serviços oferecidos pela empresa Celestis Inc.
Descansar em paz (mesmo) só na Lua.
A Celestis Inc. oferece três opções de serviços funerários lunares: o “Earth Orbit” (que leva uma porção simbólica de cinzas à órbita terrestre), o “Earth Rise” (que as manda para um passeio e as traz de volta aos entes queridos), o “Luna Service” (que despacha as cinzas para o solo lunar) e o “Voyager Service” (que as envia para o espaço profundo).
Em todos os pacotes há preços para defuntos de todos os bolsos.
O mais baratinho, de 695 dólares, pertence ao “Earth Rise”. Por esse valor é possível enviar um grama de cinzas de uma única pessoa e dá direito a um DVD do lançamento da cápsula com as cinzas. Inclui também um funeral online personalizado com uma pequena biografia do morto e uma foto.
O funeral mais requintado custa 59.985 dólares e é uma das opções do “Voyager Service” – aquele que despacha para o espaço profundo.
Por esse valor pode-se enviar cinzas de duas pessoas (14 gramas no total). Inclui: convite para o dia do lançamento, encontro pessoal e jantar com o astronauta encarregado, DVD personalizado, aspersão das cinzas restantes no mar – próximo ao local de lançamento –, plaquinha com o nome do participante, funeral online (10 páginas, 10 fotos e 10 vídeos e audioclipes), certificado de lançamento enquadrado, uma pequena urna e uma réplica do módulo do voo para casa ou escritório.
O site faz questão de sublinhar que os preços não incluem a cremação, que sai por volta de 2 mil dólares em Nova York – um enterro comum custa cerca de 5 mil dólares.
Uma vez enviadas aos céus, as cinzas não se dispersam – permanecem encapsuladas e ficam em órbita para sempre.
O serviço da Celestis Inc. pode até soar como novidade, mas aconteceu pela primeira vez em 1988, quando, a pedido da Nasa, a empresa mandou para o espaço uma porção simbólica das cinzas do astrônomo Eugene Shoemaker a bordo da sonda “Lunar Prospector”.
Em julho do ano seguinte, no fim da missão da “Lunar Prospector”, a aeronave colidiu intencionalmente com o solo lunar, fazendo com que Shoemaker fosse o primeiro a ser enterrado na Lua.
Desde 1997 a Celestis Inc. tem enviado restos humanos para a órbita da Terra. A companhia já fez seis funerais siderais para pessoas de 14 países, incluindo o criador da série “Star Trek”, Gene Roddenberry, o astronauta Gordon Cooper e o ator James Doohan, também de “Star Trek”. A última encomenda saiu em junho do ano passado e levou os restos de 205 pessoas.
Alguém se anima?
No rodapé do site, uma nota para nos deixar em órbita: “oferecemos 10% de desconto aos veteranos”.

Confiram o site AQUI

Participe da promoção “Para o alto e avante!” respondendo: “O que ou quem você mandaria para o espaço?” com alguma justificativa, claro. A resposta mais original fatura uma camiseta do filme “Viagem ao Centro da Terra”. Respostas até 16/05 pelo email tatianarezende@hotmail.com. Se o vencedor residir fora de São Paulo receberá o prêmio pelo correio.

5 Comentários »

  1. Tatiana, um dia meu pai falou que era possível ficar rico vendendo estrume bovino com rótulo “de marca”. Achei loucura mas começo a rever esta opinião.
    Mas, quanto ao seu questionamento…
    Diriam os mais afoitos: “Mandemos ao espaço os políticos”. Eu diria que o espaço não merece, a menos que obrigatoriamente fossem todos e… em cinzas.
    É importante que eu me esclareça quanto à uma coisa. O conceito que utilizei de “político” é o conceito popular que está dando à palavra o sentido pejorativo, não por intenção do povo, mas como consequência às ações de muitos “representantes”. Devendo eu ainda fazer justiça, não poderia deixar de separar o joio do trigo, e distinguir os representantes em virtude dos representados. Assim temos o representante de seus interesses e o representante do interesse da coletividade, cada vez mais raros concordo, mas existem.
    Estes primeiros são em número bem maior e devem ter prioridade absoluta na Barca de Caronte.
    Mas como todos nós, simples mortais, estamos sujeitos à uma Lei divina, que, embora não a compreendemos e por isso teimamos em não aceitá-la, é a única explicação para esta roda da vida, nos resta apenas aquilo que define a aceitação do incompreensível: a fé. Não a fé passiva, mas a fé ativa, aquela que move montanhas.
    Talvez o político que gostaríamos mandar ao espaço simboliza tudo que deveríamos extirpar de nosso mundo: a vaidade, a hipocrisia, a ambição desenfreada, a insensibilidade, a incapacidade de indignação, o conformismo, enfim todos os exageros do caráter.
    Mas como filosofia não ganha camiseta, sugiro para e envio ao espaço todo o restante daquele dedo mindinho da mão esquerda do primeiro governante que lhe vier à mente.

    Comentário por Adriano — 2009/05/10 @ 10:03

  2. Sacanagem,nenhum plano da direito a um simples ” celular “

    Comentário por Juventino — 2009/05/10 @ 11:15

  3. Além de um verdadeiro ferro-velho na órbita terrestre, composto de satélites desativados, agora temos um novo método de poluição espacial: cinzas de pessoas que não sabem onde colocar dinheiro… É mole?

    Comentário por Ricardo Rezende — 2009/05/10 @ 22:14

  4. Gente,parabéns ao Adriano! A língua portuguesa agradece. Adorei a idéia dele de mandar o restante daquele mindinho para o espaço…
    Ainda estou refletindo sobre a minha frase para faturar a camiseta, Tati. Aguarde.
    Hoje o dia aqui foi de festa, não deu para mamãe pensar em cinzas de defunto. Ademais (chique essa palavra!), me deu um tilt ver essas pernas para fora da terra, tipo decoração de Halloween.
    Mas Ricardo, eu tenho uma vizinha, a duas casas da minha, que guardou as cinzas do falecido numa caixinha de prata, na mesa de cabeceira. A faxineira achou que era cinza de cigarro e passou a flanela no velho. Só deu tempo de minha amiga gritar: “É meu mariiiiiido!!!”. Daí que o barato saiu caro, né?

    Beijocas interativas com o pessoal deste inenarrável blog!

    Selma Barcellos

    Comentário por Selma Barcellos — 2009/05/10 @ 22:44

  5. HORRÍVEL! IDEIA PERDEU O ACENTO!!!

    Comentário por Selma Barcellos — 2009/05/10 @ 22:45


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